Na sexta-feira, 2 de setembro, às 18h30, o artista Carlos Bracher pinta, ao vivo, um quadro do Cine-Theatro Central, acompanhado pela Orquestra Sinfônica Pró-Música, que executa um repertório especialmente selecionado para a ocasião. O evento tem apoio da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) e marca o início da “Série Juiz de Fora: um Tributo à Terra Natal”, em que o pintor se propõe a produzir 25 obras em homenagem à cidade.
Para as performances no palco, os ingressos, que são gratuitos, devem ser retirados antecipadamente, na recepção do teatro (Praça João Pessoa, s/n), até o dia do espetáculo das 9h às 12h e das 14h às 17h30, havendo o limite de dois ingressos por pessoa. O Cine-Theatro Central abriga até 1.232 assentos na plateia.
Há cerca de dois meses, Bracher fez um comovente trabalho, em Brasília, com 80 pessoas cegas e surdas. A partir dessa experiência inicial e dos resultados enriquecedores, o artista se sentiu compelido a fazer algo similar em Juiz de Fora. No mesmo dia do espetáculo, das 13h às 16h, Bracher retrata a fachada do teatro, realizando uma criação conjunta e interativa com alunos da rede pública de ensino, além de cegos e instituições congêneres de amparo social. Neste primeiro momento, os dois quadros a serem criados têm uma proporção grandiosa, ambos medindo 200x150cm.
O artista ressalta que sempre teve o desejo de realizar uma série de pinturas específicas sobre Juiz de Fora, exatamente como fez, em 2007, tendo Brasília como referência. “Escolhemos o Central como sendo o início dessa sequência criativa que representa uma homenagem à cidade onde nasci”, diz.
Para acompanhar as pinceladas do artista, o maestro da Orquestra Sinfônica Pró-Música, Victor Cassemiro, prepara, juntamente com o idealizador do projeto, um repertório marcado por clássicos, em composições de Mozart, Bach, Haendel, Puccini, Morricone e Carlos Gardel, entre outros, com interpretação de 25 instrumentistas.
Ouro da casa
Radicado em Ouro Preto há mais de 50 anos, Carlos Bracher é natural de Juiz de Fora, cidade em que iniciou suas atividades artísticas, com ênfase em pinturas e esculturas. Aos 27 anos, foi ganhador do “Prêmio de Viagem ao Estrangeiro”, promovido pelo Museu Nacional de Belas Artes. Ao longo de sua carreira, o artista expôs no Brasil e no exterior, produzindo diferentes séries temáticas, tais como “Homenagem a Van Gogh”, “Do ouro ao aço”, “Tributo a Aleijadinho” e “Série Bracher/Brasília”. Agora, aos 80 anos, deflagra, no Cine-Theatro Central, seu novo projeto, com uma série especialmente dedicada à cidade em que nasceu.
Além da PJF, o projeto conta com apoio de Arts Realizações, BPS e Cine-Theatro Central/UFJF.