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JUIZ DE FORA - 22/4/2021 - 13:33
Evento on-line reúne especialistas para debater religiões de matriz africana
Debater, fortalecer e difundir as religiões de matriz africana, combatendo a intolerância e cobrando políticas públicas de inclusão estão entre os objetivos “1º Encontro Meu Ilê, Meu Axé”, promovido pela Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) e a Câmara Municipal nesta sexta-feira, dia 23, às 16h. A data corresponde ao Dia de São Jorge – Ogum, no sincretismo religioso -, e foi incorporada ao calendário oficial de eventos de Juiz de Fora por meio da Lei 13.918/2019, que criou o Dia Municipal das Religiões dos Povos Tradicionais de Matriz Africana. O encontro será transmitido pela JFTV Câmara (canal 35,1) e pelo YouTube.
O encontro conta com participação de três secretarias municipais - Educação, Direitos Humanos, Planejamento do Território e Participação Popular -, além da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). A abertura tem presenças confirmadas da prefeita Margarida Salomão; do presidente da Câmara Municipal, vereador Juraci Scheffer; de um representante da UFJF; e da diretora-geral da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), Giane Elisa Sales de Almeida.
A proposta é reunir especialistas locais e de outros centros para debater as religiões de matriz africana sob diversos aspectos, considerando pontos como a intolerância, o apagamento histórico, a participação de mulheres e pessoas LGBTQI+, além do desconhecimento acerca dos centros e terreiros existentes na cidade.
De acordo com o assessor da Funalfa e um dos organizadores do evento, Paulo Azarias,“um dos pontos que defendemos como cruciais é o mapeamento desses espaços. É fundamental conhecer de perto essa realidade para que possamos promover ações que atendam às demandas do segmento”.
Os especialistas convidados são:
- Victor Miranda Elias - assistente social do Ministério da Educação, mestre em Serviço Social pela UFJF, doutor em Serviço Social pela UFRJ, pesquisador nos campos do Serviço Social, Educação, Religiosidade, Afro-brasileira, Memória, Umbanda e Práticas de Terreiro;
- Hungbono Camilo de Oyá - sacerdote, enfermeiro, ativista social, militante do Movimento Negro Unificado;
- Janaína Renk Menna Barreto (Mameto de Inkissi Kota Maganza Omindareji) - historiadora com pós-graduação em História e Cultura Afro-brasileira e Africana;
- Diego Dhermani Lopes - professor e mestre em Geografia, pesquisador das relações étnico raciais, umbandista;
- Deivid Luiz Barbosa Mattos - babakekere da Casa Reino de Ogum, licenciado em história, coordenador do Acorda Quilombo;
- Jorge Nascimento – Mestre em Memória Social pela Univale, do Rio Grande do Sul;
- Carlos Alberto Ivanir dos Santos – Babalawô, pós-doutor em História Comparada pela Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), pesquisador e coordenador de pesquisa no Laboratório de História das Experiências Religiosas da UFRJ;
- Ana Paula da Silva – Ilê de Abaluaê, cambone, assistente social e funcionária pública, com atuação na área de Infância e Juventude.
O “1º Encontro Meu Ilê, Meu Axé” também conta com atrações culturais, como a participação da flautista Amana Veiga; da batuqueira e pesquisadora Fabrícia Valle; e do Grupo de Artes Cênicas e Políticas As Ruths, que apresentará uma homenagem à mãe Iracema Salomé Lopes Cassimiro, chefe do Centro Santo Antônio de Umbanda, no Bairro Dom Bosco, falecida em dezembro de 2020.
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