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JUIZ DE FORA - 3/9/2021 - 16:20
Farmácia Central atende mais de 200 pessoas por mês e oferece medicamentos gratuitos
No dia 8 de setembro é lembrado o Dia Nacional da Luta por Medicamentos, uma data que marca o acesso da população aos fármacos. De acordo com o farmacêutico da Farmácia Central da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), Thiago Soares, os medicamentos, ao contrário do que se pensa, não são utilizados apenas para tratar condições patológicas já instaladas. Eles estão envolvidos na prevenção de doenças e são utilizados também para auxiliar nos diagnósticos, na cura e ainda no controle de condições crônicas. “Logo, podemos pensar que os medicamentos são essenciais, pois atuam nos diagnósticos, prevenção, cura e controle de doenças, trazendo mais qualidade de vida e sobrevida ao usuário necessitado', explica Thiago.
Ainda segundo o farmacêutico, a Farmácia Central segue as diretrizes da Política Nacional da Assistência Farmacêutica (PNAF), prevista no artigo 6º da Lei 8080/90, que institui o Sistema Único de Saúde (SUS). Nela é organizada toda a responsabilidade de financiamento, aquisição, distribuição, dispensação, treinamento de pessoal e uso racional de medicamentos, o que facilita o acesso da população aos remédios corretos.
Além disso, Thiago explica que o acesso do usuário aos medicamentos pode ser dividido em três grupos. O primeiro deles é o Componente Básico: são os medicamentos presentes na Atenção Básica, como exemplo, ele cita os fármacos utilizados no tratamento da hipertensão, diabetes, colesterol, além dos contraceptivos. O segundo grupo é o de Componente Estratégico ele engloba aqueles tratamentos que envolvem agravos de relevância e potencial endêmico como os antirretrovirais para tratamento do HIV/AIDS e as vacinas. Já o terceiro grupo é chamado de Componente Especializado trata dos medicamentos de alto custo como os utilizados para tratamento de artrite reumatoide, lúpus eritematoso sistêmico e câncer.
Medicação durante a pandemia
Thiago ainda explica como o SUS facilita o atendimento da população que necessita desses medicamentos e o que mudou depois da chegada da Covid-19. Ele relata que houve uma ‘’desburocratização’’ dos processos, dentre eles a regulamentação da receita e consulta digital, a publicação do decreto 13.894/2020 da PJF, que elevou o prazo de validade das receitas de medicamentos sujeitos ao controle especial, de uso contínuo, no âmbito municipal para seis meses, além da revisão periódica da Relação Nacional de Medicamentos Essenciais (Rename), que tem por objetivo atualizar as novas necessidades de medicamentos da população como todo, avaliando o perfil epidemiológico e suas possíveis mudanças. E ainda, a implantação de programas nacionais de acesso aos medicamentos, como o "Saúde Não tem Preço", que introduziu o Programa ‘’Aqui Tem Farmácia Popular’’ que consiste na parceria público-privada com farmácias e drogarias, para realizar a dispensação de medicamentos de forma gratuita e/ou com subsídio de até 90% para os usuários que necessitem.
Ainda sobre o atendimento oferecido pela Farmácia Central, Thiago Soares explica que houve uma oscilação em relação à 2020 em razão da pandemia e com o isolamento social. Todavia, ele ressalta que devido a vacinação expressiva no município esse atendimento está aumentando e hoje em média 200 pessoas contam com o serviço.
Oficial de Farmácia
Neste mês de setembro, também é celebrado o Dia do Oficial de Farmácia. Com isso, Thiago relata sobre a importância de um atendimento adequado com esse profissional. “Como farmacêutico, temos sempre que alertar a população de que os medicamentos são aliados da saúde, mas, nem por isso, são isentos de efeitos colaterais e reações adversas.” Já que segundo ele, alguns possuem contraindicações específicas, outros necessitam de condições especiais de armazenamento.
O profissional ainda explica que o farmacêutico está envolvido diretamente com o paciente. E, de acordo com o Conselho Federal de Farmácia, são regulamentadas algumas atribuições clínicas do farmacêutico, dentre elas podemos citar: fomentar o uso racional dos medicamentos, realizar o acompanhamento farmacoterapêutico, ou seja, ajudar o paciente a alcançar as suas metas, detectar problemas relacionados aos medicamentos, tais como: falta de adesão à terapia, ausência de efetividade, a necessidade do fármaco; realizar campanhas coletivas de educação em saúde. “Vale lembrar que este profissional está também nos bastidores, zelando pela manutenção dos medicamentos, ou seja, garantindo a segurança e eficácia do mesmo”.
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