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JUIZ DE FORA - 6/10/2021 - 14:32
Prêmio Amigo do Patrimônio” contempla oito atuações
Oito iniciativas e/ou pessoas foram contempladas na 16ª edição do “Prêmio Amigo do Patrimônio”, que recebeu 31 inscrições. A comissão julgadora é formada por representantes do Instituto Estadual do Patrimônio Histórico e Artístico de Minas Gerais (Iepha/MG), da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa) e do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Cultural (Comppac).
O secretário do Comppac, Fabrício Fernandes, destaca uma curiosidade observada nesta edição. “Tivemos várias inscrições de bares. Isso parece sinalizar a necessidade das pessoas de lembrarem espaços de reunião, de convívio, o que nos foi furtado durante a quarentena. Depois do distanciamento social, parece haver uma expectativa grande de retomar os encontros”, avalia. Ele acrescenta que a cerimônia de entrega das placas aos vencedores do “16° Prêmio Amigo do Patrimônio” será agendada e oportunamente divulgada.
Promovida anualmente pelo Comppac, com organização da Funalfa, a premiação foi instituída pela lei 11.111, de 25 de abril de 2006. O objetivo é homenagear indivíduos ou instituições que atuem no campo da preservação ou defesa do patrimônio histórico e cultural de Juiz de Fora.
Confira os premiados:
Portão Azul
Reconhecimento da intervenção cultural realizada pelo grupo Bambas do Portão Azul e pela comunidade da Rua Professor Coelho e Souza, buscando evocar a tradição do samba na cidade, através do resgate de canções do compositor e ritmista Joãozinho da Percussão e outros nomes importantes para a música brasileira.
Frances Bar Sertanejo
Estabelecimento de propriedade do casal Vilma e Valcir França, o Frances Bar Sertanejo, instalado em um imóvel tombado na Rua Espírito Santo, comemora 20 anos de portas abertas. O espaço é decorado com apetrechos do campo, oferecendo música ao vivo aos sábados. Nos encontros, destacam-se a sanfona, o pandeiro e o violão, ressaltando a tradição e a resistência das "canções da roça" e do sertanejo, além de exaltar o artista do campo.
Departamento de Cultura da Associação Casa de Itália – Casa DItália
Premiação pelo papel de divulgação e democratização cultural em Juiz de Fora e região, reforçando e potencializando os laços entre a Casa DItália e a comunidade. O departamento reúne profissionais voluntários de artes e design, turismo, patrimônio, gestão cultural, arquitetura e história. Promove palestras, exposições de arte e fotografia, eventos gastronômicos, musicais e de dança, mostras de cinema e oficinas, além de produzir a revista “Casa DItália”.
Antônio Francisco de Souza Cardoso
Reconhecimento da experiência e sabedoria única com elementos da arquitetura colonial e do desempenho excepcional para além dos detalhes da elaboração dos projetos, além do capricho e esmero com as obras do Casarão de Sarandira e da Igreja de Nossa Senhora do Livramento, na mesma localidade. Nestes dois projetos de restauração, ele atuou de forma voluntária.
Bar do Futrica
Referência de memória afetiva, está instalado há 60 anos no Centro da cidade. O bar passou de geração em geração, tornando-se um espaço de tradição e ponto de encontro de muitos juiz-foranos.
Banda Sociedade Euterpe do Monte Castelo
Reconhecimento pelos relevantes serviços culturais prestados pela banda, fundada em 1951 por José Quirino, pedreiro, negro e amante da música, que se tornou professor. A escola de música atualmente é administrada por seus filhos e netos, funcionando como um núcleo de ensino bem estruturado e atuante.
José Amaro da Silva
Reconhecimento do trabalho e do legado do cantor, compositor e instrumentista José Amaro da Silva, que completou 100 anos no dia 2 de fevereiro de 2021. Negro ancestral, é carinhosamente chamado de “Passarinho mais idoso de JF” e divide com toda a cidade sua história e sua música.
Carlos Humberto Ferreira (Bar do Ruffo)
Há 40 anos à frente do Bar do Ruffo, situado na Praça da Estação, Carlos Humberto Ferreira se empenha em manter a tradição local, fazendo parte da cultura da cidade. Seu estabelecimento é referência de memória afetiva e ponto de encontro de diferentes gerações.
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