O Dia Internacional da síndrome de Asperger é comemorado nesta sexta-feira, 18, e tem como objetivo conscientizar a sociedade a respeito da síndrome, que é uma condição neurobiológica que faz parte do Transtorno do Espectro do Autismo (TEA), classificado como a forma mais branda do quadro. Chamada de autismo leve ou autismo nível 1, ela provoca os mesmos sintomas do autismo clássico, mas em uma escala menor.
A Secretaria de Saúde (SS) da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF) orienta a população a procurar as unidades de saúde dos seus bairros, para que os casos definidos pelas equipes da Atenção Primária à Saúde (APS) sejam encaminhados para o Centro de Atenção Psicossocial (Caps), pois variam conforme cada região da cidade.
Os TEA são marcados por desordens do desenvolvimento neurológico presentes, desde o nascimento ou começo da infância, e apresentam três características principais: dificuldade de socialização, alterações comportamentais (manias, ações repetitivas, apego excessivo às rotinas, interesse intenso em coisas específicas), e, por último, dificuldades de comunicação por deficiência no domínio da linguagem e no uso da imaginação para lidar com jogos simbólicos.
A gerente do Departamento de Saúde Mental (DSME), Rosane Jacques Rodrigues, explica que o tratamento tende a proporcionar uma qualidade de vida melhor. “A síndrome de Asperger é uma condição, e não uma doença, portanto, não há cura. Os tratamentos e as intervenções proporcionam oportunidades para a criança se desenvolver e ter melhor qualidade de vida. Cada criança avaliada necessita de um tipo de plano de cuidado. Este plano de cuidado inclui os ambientes em que ela circula, como a escola, por exemplo, não somente tratamentos especializados. O uso de medicação, pode ser necessário para atuar em alguns sintomas, como a ansiedade”.
A gerente reforça que a evolução e como o diagnóstico pode variar em cada um. “As características e sintomas variam de acordo com cada paciente. Geralmente, o diagnóstico é multidisciplinar, e se avaliam alguns sinais, como dificuldades em socialização, comunicação social e padrões restritos e repetitivos de comportamentos, atividades ou interesses desde a infância. As pessoas portadoras dessa síndrome ouvem, enxergam e percebem o mundo de forma diferente. Costumam processar detalhes ao seu redor, principalmente, com os sentidos, fazendo com que sons, cheiros, cores e sentimentos pareçam mais brilhantes, fortes e intensos. Também, têm a capacidade de dominar áreas de conhecimento em que se especializam, têm interesses intensos e são altamente focados”.
O usuário pode entrar em contato com o Departamento de Saúde Mental (DSME) pelo telefone 3690-7797, 3690-7184, e também por e-mail, dsme@pjf.mg.gov.br , para maiores informações.