O segundo Levantamento do Índice Rápido do Aedes aegypti (LIRAa) de 2022, realizado pela Secretaria de Saúde (SS), da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), entre os meses de abril e maio, apontou índice de infestação de 4,4, classificado como “alto risco” pelo Ministério da Saúde.
Mesmo com esse resultado, o número de casos confirmados de arboviroses urbanas (dengue, zika e chikungunya) em Juiz de Fora é considerado baixo, tendo em vista a situação epidemiológica do país, que atinge mais de 95% dos municípios brasileiros.
Em 2022, até 18 de maio, a cidade registrou 59 casos de Dengue e nove de Chikungunya. Isso graças ao trabalho desempenhado pelos Agentes de Combate às Endemias (ACE), vinculados à Subsecretaria de Vigilância em Saúde (SSVS), nas ações de prevenção, monitoramento e bloqueio de focos. Os Agentes Comunitários de Saúde (ACS) também apoiam a luta contra o Aedes aegypti, enquanto desempenham os trabalhos nas diversas regiões do município, junto ao usuário.
Dos 16 extratos (regiões) pesquisados, apenas um encontra-se em baixo risco. Dos demais, oito estão em médio risco e sete em alto risco. A maioria dos focos estão dentro das residências. O tipo de depósito mais frequente foram vasos/frascos com água, pratos, garrafas retornáveis, considerados depósitos móveis. Seguidos de obras, calhas e estruturas abandonadas ou em desuso.
O Subsecretário de Vigilância em Saúde, Jonathan Ferreira Tomaz, destaca que “95% do combate às arboviroses começa em casa e depende diretamente da população. Por isso, pedimos que os cidadãos tirem os famosos dez minutos semanais para limpeza de calhas e eliminação de outros criadouros nas residências, além de receber os agentes de saúde e manter os ambientes sempre limpos”.
O LIRAa consiste em um método simplificado para obtenção rápida de indicadores entomológicos e permite conhecer a distribuição do vetor Aedes aegypti dentro da região. Com o nível de infestação, a SSVS/SS consegue traçar as estratégias de combate, como ações de mobilização social, mutirão de limpeza, vistorias e ações em conjunto de fiscalização, ações educacionais e campanhas de conscientização.
Conforme Jonathan Ferreira Tomaz, “apesar do pequeno número de casos, a Dengue é uma doença que pode levar a óbito rapidamente. Em caso de sintomas como febre de dois a sete dias, acompanhada de dores de cabeça, nos olhos, no corpo e articulações, prostração, fraqueza e manchas vermelhas pela pele, procure imediatamente uma unidade de saúde”.
Ferramenta de denúncias
Além de participar ativamente na prevenção contra as arboviroses, a população pode ajudar com denúncias anônimas sobre focos do Aedes Aegypti em Juiz de Fora e região. O sistema tem como finalidade mapear as informações das doenças causadas pelo mosquito: dengue, zika, febre amarela e chikungunya.
O MonitorAr pode ser acessado em qualquer navegador. Ele roda em todas as plataformas: smartphones, tablets, notebooks e computadores. É um sistema em que as pessoas podem realizar denúncias de locais de criadouros do mosquito.