Na próxima terça-feira, 28, Dia do Orgulho LGBTQIA+, será lançado o documentário “Tynna”, que aborda a história da primeira professora travesti da rede pública de ensino de Juiz de Fora. A sessão tem entrada franca e acontece às 20h, no Teatro Paschoal Carlos Magno, localizado na Rua Gilberto de Alencar, atrás da Igreja São Sebastião – Centro, sendo livre para todos os públicos. O filme foi realizado com patrocínio do Edital Fernanda Müller de Cultura Trans, lançado pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio do Programa Cultural Murilo Mendes.
“Tynna” não é um documentário tradicional, mas um curta performático que mergulha na estética do início dos anos 2000, para contar a história de Tynna Medsan, que rompeu barreiras ao ingressar no ensino superior e formar-se em matemática na Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF). Conforme o realizador do curta, Rodrigo Medson, irmão de Tynna, ela foi a primeira pessoa trans a graduar-se na UFJF e uma das pioneiras do Brasil. “Querida pelos alunos, foi impedida de seguir nas salas de aula, devido à transfobia institucional e teve uma morte precoce aos 27 anos em 2004.” O trabalho, que tem produção-executiva de Paula Duarte, exalta a poética travesti e também lembra a imagem de Tynna como artista cover de Britney Spears.
A equipe de produção é formada em sua maioria por pessoas LGBTQIA+, além de negres e mulheres. O documentário expõe a dureza da opressão estrutural, mas também pretende exaltar e divulgar o legado da professora e artista. “Tynna” é uma narrativa sobre resistência.
O Edital Fernanda Müller de Cultural Trans foi lançado pela PJF, através da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), em 2021 e disponibilizou R$ 200 mil para projetos que fomentam ações e iniciativas artísticas e culturais, individuais ou coletivas, promovidas pela ou para a comunidade transgênera, travesti, não-binária, queer, agênero, incluindo artistas cis que performam drag queen ou king. O recurso investido é oriundo do Fundo Municipal de Incentivo à Cultura (Fumic).