O Serviço Geológico do Brasil (SGB) iniciou nesta semana a elaboração da Carta Geotécnica de Aptidão de Urbanização. O documento estratégico identifica as características do solo de cada região e ajuda a evitar futuras áreas de risco no município. A ação atende ao pedido da Defesa Civil da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), que intensificou o trabalho preventivo desde 2021.
Serão analisadas áreas de possível expansão urbana. Nessa primeira etapa, é realizado o recolhimento de amostras de solo para análise geotécnica das regiões. Para isso, será necessário o recolhimento também em áreas privadas. Os proprietários serão abordados por integrantes do Serviço Geológico do Brasil que estarão devidamente uniformizados e identificados.
Com base nas características geotécnicas, é possível determinar se o local analisado é seguro para uma ampliação da urbanização. Na terça-feira, 16, a equipe do governo federal se reuniu com a Defesa Civil de Juiz de Fora, que contribuiu para a definição das áreas analisadas pela SGB. Já na quinta-feira, 18, a Defesa Civil acompanhou o trabalho em campo.
Como explica o subsecretário de Proteção e Defesa Civil, Luís Fernando Martins, as Cartas Geotécnicas de Aptidão de Urbanização são documentos estratégicos para o crescimento planejado da ocupação. “São usados para traduzir a capacidade dos terrenos de suportar os diferentes usos e práticas da engenharia e do urbanismo, com o mínimo de impacto possível e com o maior nível de segurança para a população. É fundamental para avançarmos no planejamento urbano e evitar novas áreas de risco no município”, explica.
O trabalho consiste no levantamento de informações do meio, com a descrição de características da área (geologia, solos/materiais inconsolidados e geomorfologia) e a execução de ensaios (in situ e em laboratório). Tais informações são analisadas e trabalhadas em escritório para composição do documento cartográfico, segundo descrição do SGB.