Possibilitar novas experiências, humanizar o processo de ressocialização, contribuir com a promoção da saúde mental e facilitar a expressão de mulheres acauteladas, esses são alguns dos resultados alcançados com a oferta de oficinas terapêuticas de artesanato dentro da Penitenciária I - José Edson Cavalieri (PJEC). A intervenção faz parte das atividades desenvolvidas pelo Projeto Integra, da Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), com o sistema prisional.
“Um dos objetivos do projeto Integra é colaborar com a promoção da saúde mental de pessoas privadas de liberdade. Objetivo esse colocado em prática por meio do Projeto de Extensão Saúde Mental no Cárcere, levado às internas com a participação de estudantes do curso de Psicologia, da faculdade Metodista Granbery, que fazem parte da equipe do Integra”, explica a coordenadora do Integra e assessora da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc), Janaína Sara Lawal.
O Saúde Mental no Cárcere vem desenvolvendo oficinas de arteterapia, a fim de estimular a saúde, o bem-estar, o autoconhecimento e autoexame de sentimentos. As atividades manuais aplicadas vão de acabamento e ornamentação em brinquedos de madeira, a colagem e criação de objetos decorativos. Enquanto pintam, colam e exercitam a criatividade, as mulheres despertam memórias, enriquecem relações de convivência, se expressam, fazem trocas de experiências e avançam rumo à consciência sobre si mesmas.
No último ano, o Integra realizou uma série de encontros com o viés da saúde mental, propiciando momentos de reflexão ao grupo de mulheres atendidas. O trabalho também atuou para contribuir no processo de ressocialização e na melhoria das condições de convívio entre as alunas.
O Integra é fruto de parceria da Secretaria de Segurança Urbana e Cidadania (Sesuc) firmada com a Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp), com o propósito de reduzir estigmas e abrir novos caminhos para a reinserção à sociedade. A articulação entre município e estado busca alternativas ao cárcere, potencializando a abrangência das ações locais de forma a torná-las mais efetivas, humanas e cidadãs.