O projeto “Trilhas da Liberdade – Murais cerâmicos celebram a democracia nos 60 anos do golpe militar” é uma parceria entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe), através de emenda parlamentar da vereadora Laiz Perrut. A iniciativa integra a “Semana Municipal dos Direitos Humanos Clodsmidt Riani”e tem o apoio na organização do "Grupo de Trabalho - 60 Anos do Golpe" integrado pela UFJF, OAB/JF, Comissão Municipal da Verdade, Família Riani, além da PJF.
Discentes dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais e Bacharelado em Moda, sob a supervisão e orientação da professora Sandra Minae Sato, professora do Instituto de Artes e Design da UFJF, produziram um conjunto de quatro murais cerâmicos, tendo como referências principais as tradicionais cerâmicas mineiras de Monte Sião, que por sua vez é herança cultural da clássica azulejaria portuguesa.
Os murais serão fixados e expostos em locais e prédios históricos da cidade, a partir de 1º de dezembro, quando será celebrada a Semana Municipal dos Direitos Humanos Clodesmidt Riani.
Os dois primeiros painéis já têm dia e local definidos para a instalação. Confira:
1/12 (domingo) – 9h/ Praça Antônio Carlos (Auditoria Militar)
Sobre a escolha do local: A Auditoria Militar teve a função de processar e julgar crimes de natureza militar. Na década de 1960, a Auditoria se localizava em um edifício em frente à Praça Antônio Carlos. Por lá passaram centenas de militantes que foram presos ou perseguidos pelo regime. Muitos eram denunciados porque integravam sindicatos, movimento estudantil ou participavam da circulação de jornais alternativos. Depoimentos de advogados que atuaram na defesa de presos políticos denunciam que no local eram impostos constrangimentos.
4/12 (quarta-feira) – 14h/Conservatório Estadual de Música Haideé França Americano (Rua Batista de Oliveira, 377, Centro)
Sobre a escolha do local: A edificação histórica, hoje tombada pelo patrimônio público, deixa no passado a história de ter sido uma prisão para se tornar uma escola de Música. Entre os anos 1930 e 1982, o prédio em que se localiza o Conservatório funcionava como uma cadeia pública e repartição da Delegacia de Polícia Civil. De acordo com o Relatório da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora, o prédio foi utilizado como espaço de prisão e repressão durante o período da ditadura.
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