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JUIZ DE FORA - 21/8/2019 - 15:30
Plano municipal começa a construir o futuro do turismo em Juiz de Fora
O futuro do turismo começa a ser construído em Juiz de Fora. Com a participação da população, da academia, do setor público e da iniciativa privada, teve início na noite de terça-feira, 20, no Trade Hotel, a elaboração do “Plano Municipal de Turismo”, capitaneada pelo Conselho Municipal de Turismo de Juiz de Fora (Comtur – JF). O evento, que terá duração de três dias, contará com palestras e grupos de trabalho, para discussão de temas que farão parte do documento.
A abertura oficial teve a presença do prefeito AntônioAlmas e do secretário de Desenvolvimento Econômico, Turismo e Agropecuária, Rômulo Veiga, além da diretora de Regionalização e Descentralização das Políticas do Turismo, da Secretaria de Estado de Cultura e Turismo de Minas Gerais (Secult-MG), Flávia Ribeiro, do chefe do Departamento de Turismo da Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF), Marcelo do Carmo, e da presidente do Comtur-JF, Tatyana Hauck Hill.
Em seu discurso, o prefeito Antônio Almas ressaltou o papel da participação popular na construção de políticas públicas, e falou das possibilidades do turismo na cidade: “Há um ano e quatro meses à frente da Prefeitura, lembro-me dos compromissos assumidos, e nos quais conseguimos avançar. Aqui temos a expressão de dois deles: o primeiro é aprofundar a participação popular, e fico muito feliz por isso se realizar onde a sociedade se reúne para manifestar o seu posicionamento e visões em relação ao turismo na nossa cidade. Outro, é a importância que dou ao setor. Temos desde o turismo histórico, passando pelo ecoturismo, a gastronomia e diversas outras possibilidades que mostram que esta é uma grande aposta”.
Para o secretário Rômulo Veiga, o debate é fundamental, para “dar pensamento estratégico às ações já realizadas pela Prefeitura de Juiz de Fora (PJF)”: “Temos leis, eventos importantes, mas ainda não temos o olhar do todo, que não nasce do Município, mas tem que ser consenso entre os poderes moderadores – a academia, que estuda e pesquisa, os representantes das entidades de classe, os atores diretos da promoção da política pública, que têm que levar à população as estratégias e ações.” Ele também chamou atenção para a responsabilidade de todos no desenvolvimento da ideia: “Não podemos fazer um plano que se restrinja a uma gestão, a um período curto, mas sim, que seja de fato da cidade, e que a gente consiga, no futuro, perceber que nossas decisões geraram um turismo pleno, com todos os subprodutos que vêm do setor, como geração de emprego e renda, notoriedade do município, ressignificância das áreas rurais e inúmeros outros objetivos, que não se restrinjam apenas ao plano de desenvolvimento econômico”.
Tatyana Hauck Hill ressaltou que o plano vem sendo trabalhado pelo conselho desde 2015, e ganhou o apoio dos professores da UFJF nos últimos anos, para construção de um diagnóstico: “Sabendo onde estamos, é a vez de ouvir a sociedade e definir aonde queremos chegar”. Para ela, a participação dos
atores é essencial para um setor mais fortalecido: “Hoje, Juiz de Fora atende a toda região, e, apesar disso, muitos não percebem a cidade como destino. Precisamos ser mais estratégicos, planejar, para que as ações sejam mais assertivas.”
“Exemplo para o estado”
Realizado pela Secult-MG, o “Censo Turismo 2017” mostrou que apenas 30% dos municípios possuem plano de turismo no estado. Flávia Ribeiro, diretora do órgão, destacou a importância do planejamento e monitoramento das ações.: “Este momento é exemplo para todo o estado. Ter a academia, a iniciativa privada, o poder público, através do representante máximo do Executivo, falando do turismo, é muito raro. É o processo que a gente vê ser o ideal. O plano, se bem executado, pode consolidar o Município como destino. Precisamos planejar o exequível. As etapas de acompanhamento e avaliação são muito importantes”.
Identidade do município
A professora do curso de Turismo da UFJF, Mariana Chaves, apresentou o diagnóstico realizado pelo Comtur-JF, a partir de informações da PJF, UFJF, Secult-MG e Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), utilizando a metodologia do Ministério do Turismo. Nele aparecem os pontos fortes, fracos, desafios e oportunidades do Município para desenvolvimento da atividade turística: “A ideia é construir o plano baseado no que é típico de Juiz de Fora, apoiado na identidade que só a gente tem”. Entre estas características foram pontuadas “cidade imperial”, “raízes étnicas”, “centro comercial” e “vanguarda”.
Durante o evento serão trabalhados os eixos de ação, apontando “o que fazer”, “como fazer”, “quem vai fazer” e os graus de prioridade. “Podemos fazer tudo, desde que nós nos apoiemos. Coletivamente, a gente pode”, finalizou Mariana.
Foto: Juliana Xavier
*Informações com a Assessoria de Comunicação da Sedeta, pelo telefone 3690-8341.
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