O projeto é uma parceria entre a Prefeitura de Juiz de Fora (PJF), por meio da Secretaria Especial de Direitos Humanos (SEDH) com a Universidade Federal de Juiz de Fora (UFJF) e a Fundação de Apoio e Desenvolvimento ao Ensino, Pesquisa e Extensão (Fadepe) através de emenda parlamentar da vereadora Laiz Perrut.
Discentes dos cursos de Licenciatura e Bacharelado em Artes Visuais e Bacharelado em Moda, sob a supervisão e orientação da professora Sandra Minae Sato, professora do Instituto de Artes e Design da UFJF produziram um conjunto de 4 (quatro) murais cerâmicos, tendo como referências principais as tradicionais cerâmicas mineiras de Monte Sião, que por sua vez é herança cultural da clássica azulejaria portuguesa Cada mural cerâmico tem dimensões de 60cm X 60cm, composto por 9 azulejos brancos (20cm x 20cm cada) estampados artesanalmente.
Os murais serão fixados e expostos em locais e prédios históricos da cidade, a partir de 1º de dezembro, quando será celebrada a Semana Municipal dos Direitos Humanos Clodesmidt Riani.
OS MURAI CERÂMICOS
“É caminhando que se abrem os caminhos”
artista: Milena Medeiros de Resende
instalação: 1/12 (domingo) – 9h/ Praça Antônio Carlos (Auditoria Militar)
A Auditoria Militar teve a função de processar e julgar crimes de natureza militar. Na década de 1960, a Auditoria se localizava em um edifício em frente à Praça Antônio Carlos. Por lá passaram centenas de militantes que foram presos ou perseguidos pelo regime. Muitos eram denunciados porque integravam sindicatos, movimento estudantil ou participavam da circulação de jornais alternativos. Depoimentos de advogados que atuaram na defesa de presos políticos denunciam que no local eram impostos constrangimentos.
Extraída do discurso do então presidente da Assembleia Nacional Constituinte, Ulysses Guimarães, quando da conclusão da nova versão da Constituição Brasileira, em 5 de outubro de 1988. A frase traduz o sentimento de conquista da democracia.
“Com o tempo veio a Arte”
artista: Rodrigo Pedretti Mendes
instalação: 4/12 (quarta-feira) – 14h/ Conservatório Estadual de Música Haideé França Americano (Rua Batista de Oliveira, 377, Centro)
A edificação histórica, hoje tombada pelo patrimônio público, deixa no passado a história de ter sido uma prisão para se tornar uma escola de Música. Entre os anos 1930 e 1982, o prédio em que se localiza o Conservatório funcionava como uma cadeia pública e repartição da Delegacia de Polícia Civil. De acordo com o Relatório da Comissão Municipal da Verdade de Juiz de Fora, o prédio foi utilizado como espaço de prisão e repressão durante o período da ditadura.
refere-se à poesia identificada no fato da edificação histórica, hoje tombada pelo patrimônio público, deixar no passado a história de ter sido uma prisão para se tornar uma escola de Música.
“Se queres mudar o mundo, mude a ti mesmo”
artista: Matheus Rodrigues Coutinho
instalação: antigo Diretório Central dos Estudantes (DCE Centro)
A escolha da frase associada a Mahatma Gandhi remete à constante necessidade do ser humano de promover a mudança social. A vida é mutável e essa característica é necessária para promover a evolução individual e coletiva não só pelas novas formas de observar o mundo, mas de como constantemente observamos a nós mesmos.
“Liberdade ainda que tardia”
artista: Vitória de Souza Bicalho
instalação: prédio da Câmara Municipal de Juiz de Fora
O lema do Movimento da Inconfidência Mineira, simboliza, além dos ideais de democracia e liberdade, a identificação com a história brasileira protagonizada em cenários locais.