O inventário de proteção é um instrumento previsto na Constituição Federal, entendido como um processo de grande relevância para as políticas de gestão, reconhecimento e proteção do patrimônio cultural. Trata-se de um “(...) um modo de pesquisar, coletar e organizar informações sobre algo que se quer conhecer melhor. Nessa atividade, é necessário um olhar voltado aos espaços da vida, buscando identificar as referências culturais que formam o patrimônio do local.” (FLORÊNCIO, 2016, 9. 7). Desde 2021, o município de Juiz de Fora utiliza o método de Inventário Participativo, que considera a importância da identificação e da valorização das referências culturais pelas próprias comunidades, a fim de estimular noções de pertencimento a partir das suas territorialidades e de participação como valor fundamental da democracia.
Destacamos que o Departamento de Memória e Patrimônio Cultural (DMPAC) da Fundação Cultural Alfredo Ferreira Lage (Funalfa), em parceria com a Universidade Federal de Juiz de Fora e através do Projeto de Extensão “Inventários Participativos: territórios, pessoas e memórias”, realizou o Inventário Participativo nos distritos de Sarandira e Caetés de Minas nos anos de 2022 e 2023. A partir disso, foi possível reconhecer referências culturais relacionadas ao dia a dia da população dos distritos, além de identificar condicionantes de vulnerabilidade social presentes em territórios do município. Cabe ressaltar a importância do Inventário Participativo como uma ferramenta transversal de elaboração de políticas públicas.
Referências Bibliográficas
FLORÊNCIO, Sônia Regina Rampim et al. Educação Patrimonial: inventários participativos: manual de aplicação. Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional: Brasília-DF, 2016. p. 7.
Equipe Técnica de Elaboração
Carine Silva Muguet - TNS III Historiadora, supervisora de Pesquisa e Educação
Patrimonial - DMPAC/Funalfa
Flaviana Lopes Ribeiro de Oliveira - Estagiária de História DMPAC/Funalfa
Lara Ferreira de Oliveira - Estagiária de História DMPAC/Funalfa